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Manhã intensa no penúltimo dia da Feira do Livro

15 out

A manhã de sábado, dia 15 de outubro, começa movimentada pela 27ª Feira do Livro de Caxias do Sul.

Por Paulo Pasa
Fotos Paulo Pasa

Logo após abertas as bancas, muitas pessoas já circulavam em busca de livros a preços baixos.

No palco infantil, o grupo “Contapete”, da Biblioteca Pública Municipal, encantou crianças e adultos com histórias e contos. Enquanto no auditório a professora e escritora Maria Helena Balen, que a 2 anos atras foi patrona da Feira do Livro, conversou com alunos do Ensino de Jovens e Adultos (EJA).

A programação da feira se encerra no dia 16 de outubro.

Sobre a Feira do Livro veja também…

Feira do Livro Movimenta Cidades da Serra
As Leituras da Feira do Livro
Mistérios da Poesia em “Venha Ler Comigo”
Domingo de Sol e Movimento Intenso na Feira do Livro
Livros já podem ser adquiridos

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Feira do Livro movimenta cidades da Serra

10 out

Além de Caxias do Sul, outras cidades na Serra realizam a Feira do Livro, como é o caso de Veranópolis. Durante uma semana, a Praça XV de Novembro e a Casa da Cultura Frei Rovílio Costa foram o palco para eventos que tiveram a participação de vários artistas e apresentações de espetáculos. Com a temática “A magia da leitura na Terra da Longevidade” e como patrono o Irmão Marista Herbert Wildner, o evento foi encerrado neste domingo, dia 9.

Entre os principais destaques da programação, ocorreu a abertura na noite do domingo, 2, com o espetáculo “Cantos do nosso chão e outros cantos”, com o Coro Infanto-Juvenil da cidade, Grupo Zingado, de Caxias do Sul, e músicos convidados. No dia seguinte, houve apresentação do Grupo Teatral Tem Gente no Palco.

Na terça-feira, dia 4, o Grenal literário com Humberto Gessinger, gremista e vocalista dos Engenheiros do Hawaii, e Luís Augusto Fischer, escritor e colorado. À noite, ocorreu a exibição do 1° Festival de Cinema de Veranópolis.

O Grupo Teatral Vida em Cena apresentou na quarta-feira, dia 6, o espetáculo “Aurora da minha vida, de Naum Alves, adaptado por Antônio Lopes”. No dia seguinte, houve contação de histórias para alunos da Educação Infantil das escolas do município. Os contos “O Tesouro Perdido de Barba Negra” e “As Jabuticabas – de como uma vespa atrapalha o tloc! Pluf! Nhoc!”, adaptação da história do Sítio do Picapau Amarelo, foram encenados.

A programação continuou na sexta-feira, 7, com o 2° Festival de Arte Mágica, com o espetáculo “O Ilusionista”, com o Mágico Kronnus. Depois, no sábado, houve a Conferência Municipal do Fórum Social da Serra Gaúcha, evento que acontecerá em Bento Gonçalves, nos dias 4, 5 e 6 de novembro.

No encerramento da Feira do Livro, no domingo, 9, houve Feira de animais para doação. Além disso, ocorreu show com a Banda Pretérito Imperfeito e a atração “Arte Mágica Contemporânea – Gala de Mágicos”, com participação de CUBAMAGIC e outros convidados.

Conforme a Secretaria Municipal de Educação e Cultura, foram vendidos mais de 6,5 mil livros, o que representa cerca de R$ 50 mil. As obras mais comercializados foram: A última música, de Nicholas Spears, Truques de Mágica, Meu pequeno colorado, de Luis Augusto Fischer, e Vamos Acordar.

             Texto e Fotos: Davi Trintinaglia

As leituras da Feira do Livro

8 out

Os Filhos da Pauta foram na Feira do Livro de Caxias do Sul ver o que as pessoas estão lendo, e o que elas não gostam de ler.

por Vagner Barreto
fotos Paulo Pasa

O estudante de Engenharia Gabriel Henrique Fochesato, tem se dedicado a leitura de complexas obras de filosofia e sociologia, como “O Anticristo”, do escritor alemão Friedrich Nietzsche e obras do pai da psicanálise Sigmund Freud. Ele ri e torce o nariz para as atuais febres adolescentes como “Crepúsculo” e “Harry Potter”. “Eu vi os filmes do Harry Potter, já é o suficiente, não tem porque ler os livros” diz cheio de opinião.


Para Tais Luisa Ramos, os livros em si são mais importantes que os gêneros. Assim ela lê desde Marta Medeiros à Sidney Sheldon, passando por sucessos como “Água para elefante”, que virou filme com o eterno vampiro brilhante Edward Cullen, ou seria Robert Pattinson, mas se afasta de livros sobre história e livros técnicos.

Liane Beatriz Ribeiro se considera “uma leitora voraz”, e se entrega aos romances que perscrutem a alma e a psique humana. Ela encontra isso principalmente nos romances russos, em autores como Fiódor Dostoiévski e Leon Tolstoi.“Quem me ensinou isso foi o meu irmão, Dom Paulo Moretto, ele aprendeu muito mais sobre o homem lendo esses livros do que os de psicologia.” A ex-Pró-Reitora de graduação da Ucs atualmente está lendo o alemão Thomas Mann, conhecido por seus conflitos sexuais e por retratar isso em suas obras. Quando perguntada sobre o que não ler, ela lança um olhar afiado antes de disparar: “Romances água-com-açúcar não dá, né!?”

Já Leonardo Ferrolho adora os escritores da Geração Beat americana, alem de biografias sobre bandas de rock, como a dos The Beatles. O estudante de Filosofia também lê sobre o assunto das aulas com autores clássicos, como Nietzsche, novamente ele, mas fica confuso na hora de responder o que não gosta de ler. “Não sei o que eu não leio, acho que moda, não me interessa.”

PS.: As opiniões expressas acima não representam, em absoluto, a visão dos fILHOS dA pAUTA.

Mistérios da poesia em “Venha ler comigo.”

3 out

por Paulo Pasa
fotos Paulo Pasa

Na noite de domingo, dia 02 de outubro, a 27ª Feira do Livro de Caxias do Sul, recebe às 19h Paulo Ribeiro e Tríssia Ordovás Sartori para um bate papo no Café Cultural, montado na praça Dante Alighieri para a ocasião da feira. A conversa, quase informal, contou com a presença de Cláudio Troiano e de Marco de Menezes, poeta patrono da feira.

Paulo Ribeiro, escritor, jornalista e ex-poeta, como ele mesmo se descreve, tomou a palavra dando início à discussão, e citou alguns poetas que representam a introdução de sua vida à leitura e a apreciação da poesia. Dentre os autores que relembra, Carlos Drumond de Andrade e Vinícius de Morais, do qual recita aos presentes “Poema dos olhos da amada”. Logo após, Ribeiro debate com Trissia, a “imaterialidade” da poesia, comparando-a com o amor, sendo ambos da mesma forma sublime e inexplicável em sua existência.

Em novo período do bate papo, a jornalista Trissia, escritora do popular blog “Nem Lolita nem balzaca”, questiona o poder de sedução da poesia, no passado e na atualidade. Paulo Ribeiro, descreve que a poesia já é escrita com o intuito da conquista e comenta, “Sinceridade não é nada na poesia. Poesia mente o tempo todo.” conclui Paulo.

A fonte de inspiração

Falando de sua vivência, Ribeiro relata fontes de inspiração para suas obras. Em um de seus relatos, ele narra o dia em que conheceu “Lua”, uma jovem Uruguaia do qual se relacionou por dois anos, tendo à conhecido inicialmente nas populares salas de chat de conhecido portal de web. Lua foi seu amor, e sua fonte de inspiração para a criação de mais de 400 telas e aproximadamente 500 poesias, a maioria delas presente no livro “As luas que fisgam o peixe” e também no blog “Vitrola dos ausentes”. Questionado por Tríssia se sentia falta desta inspiração para a escrita, Paulo em um tom divertido comenta “Sinto falta de um novo amor”.


Trazendo ao debate a diversidade de fontes de inspiração, Trissia comenta sobre o livro 3.096 dias, onde Natascha Kampusch, jovem mantida em cativeiro por 8 anos, relata a forma como viveu sob os olhos de um psicopata. De forma poética, descreve como o cativeiro aguçou seus sentidos, e a maneira como até mesmo o som de folhas secas ao vento, na calçada da casa, lhe permitiam a sensação de liberdade.

A vida no poema

Paulo Ribeiro trás aos presentes o clímax pelos olhos do escritor, e descreve: “O poema tem 3 fases em sua vida, primeiro a sua escrita, segundo sua conclusão, e por terceiro o momento em que a poesia deixa de ser do autor, e é recebida com aceitação pelos leitores.”

Claudio Troiano, recita aos presentes “Em nome do pai”, a premiada poesia de Paulo Ribeiro, que logo em seguida descreve a origem destas palavras em sua própria infância, onde filho de mãe solteira, por um único dia em sua vida conhece seu pai, e o mesmo o apresenta como seu filho a pessoas desconhecidas. Paulo mais tarde relata que ao publicar a poesia em um jornal, foi chamado por sua mãe, que contou-lhe sobre a morte recente do pai, que pouco conheceu. Diz então “Não havia amor, não havia reação ou sentimento portanto” e nunca sentiu pela morte do mesmo. Conclui o assunto, dizendo que seu pai era um caminhoneiro, e relacionado a isto, ironiza o fato de que até hoje não tirou carteira de motorista, “Freud explica” encerra o autor com risos.

Ao termino do tempo destinado ao bate papo, algumas perguntas são feitas pelos presentes, e sob aplausos Paulo Ribeiro e Tríssia Ordovas Sartori encerram discutindo sobre a forma como a poesia moderna perdeu o enredo, e descrevem como a música brasileira está frágil e vazia sob as influencias das culturas de massa, levadas ao funk, axé e modismos, “falta a oferta, falta Vinicius de Morais” diz Paulo Ribeiro. Os autores encerram citando Chico Buarque e Caetano Veloso como alguns dos últimos grandes nomes da música e poesia brasileira.

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Domingo de sol e movimento intenso na Feira do Livro

3 out

por Paulo Pasa
fotos Paulo Pasa


Após uma manhã chuvosa, o clima do domingo, dia 02 de outubro, favoreceu os visitantes da 27 ª Feira do Livro de Caxias do Sul. A tarde contou com diversas atrações, e quem buscava cultura e entretenimento de qualidade não se decepcionou. Para quem busca um espaço aconchegante para uma pausa, neste ano, foi construído  sobre o chafariz da praça uma área especial destinada à leitura e descanso dos visitantes da feira. O “Leiturário”, como é chamado também conta com apresentações de música diversas vezes ao dia.

Contando com diversas atrações para crianças e adultos, a feira recebeu numerosos visitantes. Às 15h a atração ficou por conta do coro infanto-juvenil do programa Florescer, que apoiado pela empresa Randon, entoou alguns clássicos da música pop como “We are the World”, gravado por diversos artistas nos anos 70. Após a exibição, os jovens do programa Florescer, com idade entre 6 e 14 anos foram aplaudidos pelo público e bajulados pelos pais que acompanham a apresentação orgulhosos entre os visitantes da feira.


No palco infantil, as risadas estavam garantidas com a apresentação às 14h dos palhaços “Linguiça e Pepino”, e as 16h, com a contação de histórias do grupo “Contapete”, da Biblioteca Pública Municipal.

Além dos livros e apresentações, mascotes de empresas da região, circulam pelas bancas entretendo as crianças menores e distribuindo abraços e carinho entre os visitantes.

 

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